Entenda a evolução do trabalho na pandemia.
Com a pandemia do coronavírus, a maioria das empresas tiveram que reformular o modo como trabalhavam no dia a dia, por conta do isolamento. Antes, a ideia de conciliar a vida pessoal e profissional, trabalhar de casa, ainda parecia uma ilusão para muitos. Mas agora essa realidade parece estar mais próxima. Durante anos, fomos educados em uma sociedade na qual emprego era só sacrifício e você tinha que optar pela vida social ou seu trabalho. Mas os tempos mudaram, e se a regra antes era o assistencialismo, hoje o futuro do trabalho é pensar no bem-estar do funcionário.
O futuro do trabalho consiste na visão de empresas que entendem que o funcionário que possui flexibilidade é muito mais feliz, colabora muito mais e acaba produzindo sob demanda evitando desperdícios.
Uma pesquisa da Unify constatou que 43% dos profissionais prefeririam ter flexibilidade, enquanto apenas 10% optaria por aumento de salário. Isso nos mostra um padrão de que a qualidade de vida é muito mais importante que o dinheiro.
Com a crise em que estamos vivendo, o futuro do trabalho chegou mais depressa e empresas tiveram que fazer mudanças de processos a toque de caixa. A maioria das companhias foram obrigadas a se adaptar a ter seus funcionários rendendo em sistema home office com reuniões por vídeo chamada, sendo que muitas não tinham essa política implementada.
Mesmo com o momento delicado que estamos vivendo, precisamos tentar enxergar o lado bom deste período e o novo formato de trabalho das companhias pode ser visto como uma nova oportunidade de rotina. Se as empresas implementarem uma vez por semana o home office, teremos redução de trânsito, economia de gastos na empresa, menos poluição e mais tempo de vida ao funcionário que poderá ocupar-se com outros aspectos de sua vida.
Os avanços da tecnologia vão ao encontro do novo formato de trabalho, que estava começando a ser moldado antes da pandemia, no qual até as empresas tradicionais estão mudando seus conceitos e permitindo que o colaborador concilie bem-estar e trabalho árduo com flexibilidade, vestimenta casual, home office e qualidade de vida.
A economia sob demanda, que nada mais é que encontrar, exatamente, o que você precisa, sem intermediários menos eficientes, vem ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho e na rotina das empresas. E isso é o futuro. Segundo pesquisa publicada na CNN, em 2018, 34% dos trabalhadores nos Estados Unidos, já trabalhavam neste formato. E a perspectiva para 2020 era desse percentual atingir 43% do total, quase metade de toda a mão de obra do país.
E além do home office, muitas empresas querem encontrar novas formas de se relacionar com seu colaborador, dando opções até de aplicativos que permitem a retirada do salário todos os dias, colocando o indivíduo em primeiro lugar, aumentando a produtividade e depois focando no lucro, tecnologias ou processos.
Há também a preocupação das empresas com a saúde mental de seus funcionários. Algumas dicas bem importantes para que não aumente os casos de burnout entre os colaboradores são: estabeleça com clareza as regras; use a tecnologia a seu favor; organize prazos e demandas, de acordo com as prioridades; faça suas pausas durante o dia; se puder, medite; converse com seus colegas e troque experiências; acompanhe a produtividade e aplique benefícios aos funcionários para que eles queiram ficar na empresa.
Ou seja, as companhias que desejam manter sua competitividade no mercado devem, desde já, construir políticas para os colaboradores fazendo com que se tornem chamativas e para que possam atrair os melhores talentos. É preciso entender que o profissional está no centro de tudo e ele precisa, mais do que nunca, ser valorizado com pequenas ações que fazem a diferença em seu dia a dia, como flexibilizar as regras e horários; adicionar benefícios como: folgas extras durante o mês, auxílio com a estrutura home office do funcionário, abertura para conversas, entre outros detalhes que podem fazer a diferença na vida do colaborador.