Aprenda por diversos formatos.
Geralmente, para nos aprimorarmos profissionalmente, recorremos a soluções formais de desenvolvimento, como cursos externos, leituras de livros especializados em determinados temas, participações em eventos anuais específicos à nossa área de atuação, entre outras formas reconhecidas para o nosso desenvolvimento.
Você já imaginou o quanto podemos aprender a partir das artes? Pois bem, antes desta pandemia do coronavírus, fui à exposição do Leonardo da Vinci, no MIS aqui de São Paulo e fiquei vislumbrada com as suas invenções e descobertas, ali apresentadas em um contexto artístico.
Sendo capaz de assimilar empaticamente a posição do artista, confirmei a sua genialidade, e isso pode nos trazer inspirações e nos tornar capazes de vislumbrar as suas maiores qualidades, pois Da Vinci era, à sua época, um gênio – e ainda nos dias de hoje, assim é considerado. Inventou ferramentas e fez experimentos que iam além de seu momento histórico: muitos destes inventos se tornaram realidades, séculos após a sua morte.
A sua capacidade artística inspira a todos, não é mesmo? Assim como outros mestres da arte que nos tocam profundamente.
Da Vinci foi apenas um exemplo de nossa capacidade de captarmos o seu real valor histórico, para nos espelhar nos dias atuais. Quem nunca se sensibilizou com pinturas delicadas, ricas em detalhes, que mais parecem fotografias, vindas de artistas reconhecidos ou não? As pinceladas do artista denotam a sua forte percepção do outro, quando representa, nas suas obras, emoções, olhares, semblantes ou pessoas reais personificadas em pinceladas de aquarela, ou de um óleo sobre tela... não é mesmo?
O teatro e o cinema também são opções disponíveis em nossos momentos de lazer, para aprimorarmos nossas qualidades. A empatia estabelecida com os personagens, um enredo que pode trazer, à nossa realidade, soluções para problemas concretos. A nossa identificação com a realidade do personagem reflete uma elaboração interna de nossas emoções. Sabemos, inclusive, que psicólogos indicam filmes, livros e peças como suporte emocional para seus pacientes, aperfeiçoando-os em suas capacidades de resiliência e equilíbrio emocional.
Aprendemos com a vida, e também com os papéis e atributos construídos na ficção, seja nos personagens do cinema, seja na literatura. Não somos aprendizes apenas nos momentos formais de aquisição de conhecimento, como nos treinamentos e em outros eventos profissionais. Aprendemos ao nos propormos a interagir com o nosso meio e com os atributos culturais que obtemos e internalizamos como experiência.
Cristiane Zavan é formada em psicologia e Analista de Educação Corporativa pela UniBrad.