Antigamente, nos anos 1940, os brasileiros viviam, aproximadamente, até os 45 anos. Passados mais de 80 anos, esse número aumentou e a expectativa de vida da população no país teve um avanço expressivo: segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é possível afirmar que os brasileiros vivem hoje, em média, 31,5 anos a mais do que em meados do século passado.

E esse crescimento é mundial: dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), de maio de 2021, mostram que a expectativa de vida global passou de 66,8 anos em 2000 para 73,3 anos em 2019.

Mas afinal, o que possibilitou chegarmos ao período no qual a população vive cada vez mais? A tecnologia da longevidade é um dos fatores.

As tecnologias que beneficiam a longevidade

A longevidade é um dos sonhos mais desejados da humanidade: viver mais tempo, ter menos doenças e ter uma maior qualidade de vida. A ciência e a tecnologia estão nos ajudando a realizar esse sonho, todos os dias, com o desenvolvimento de novas descobertas e inovações.

Vivemos em um mundo onde as inovações deixaram de ser apenas ficção científica e se tornaram realidade na prática. Hoje, grandes avanços tecnológicos nos ajudam a alcançar a longevidade por meio da informação e da comunicação.

Com o advento da internet e dos dispositivos móveis, é possível ter acesso a informações sobre nutrição, atividades físicas e outras áreas que ajudam a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Equipamentos para monitorar o sono, as taxas de oxigênio e os níveis de glicose no sangue, proporcionam autonomia para acompanhar, em tempo real, os parâmetros biométricos relacionados à saúde.

Muitos desses dispositivos podem ser úteis no diagnóstico e no tratamento de condições crônicas, que requerem o monitoramento regular. Com o auxílio de softwares de ponta, é frequente o surgimento de novas plataformas digitais que visam oferecer menos riscos e maior autonomia às pessoas idosas.

Tecnologia que prolonga a expectativa de vida

A tecnologia também ajuda a prolongar a vida com a descoberta de novos tratamentos e medicamentos que podem prevenir doenças ou tratar doenças que afetam a longevidade. Por exemplo, o uso de medicamentos como os inibidores da angiotensina II ou o uso de cirurgias minimamente invasivas para determinados tratamentos são exemplos de avanços tecnológicos que têm ajudado muito na prolongação da vida.

É certo que as melhorias no diagnóstico e tratamento têm potencial de aumentar a expectativa de vida de cada um. Hoje em dia, pequenos sensores são capazes de detectar ataques cardíacos antes mesmo que eles aconteçam, com mecanismos disponíveis para fazer diagnóstico assistido por inteligência artificial.

Benefícios para além da saúde física

Mas esses benefícios não se restringem a saúde humana. Fatores emocionais como o estresse, a ansiedade e a depressão, por exemplo, têm um grande impacto na longevidade, já que esses sentimentos podem afetar negativamente a saúde física e mental.

Nesse sentido, a tecnologia também nos ajuda a melhorar nosso bem-estar e nosso humor. Já existem muitos aplicativos para smartphones que nos permitem monitorá-los e nos ajudam a entender melhor como nosso estado emocional afeta a nossa saúde.

Bons hábitos e tecnologia andam juntos

Seja para adquirir novos conhecimentos, estimular a memória, escrever ou se divertir, a tecnologia deve ser encarada como uma ferramenta simples e eficaz que pode trazer autonomia e melhorar a qualidade de vida de todos.

Embora não exista uma “pílula mágica” que nos permitirá viver para sempre, é fato que as tecnologias inovadoras estejam no caminho de nos ajudar a viver vidas mais ativas, saudáveis e longevas.

Mas lembre-se, a tecnologia oferece novos meios de relacionamentos com o cotidiano, pode trazer mais conforto e até segurança, mas é preciso esforço e dedicação: alcançar a longevidade exige viver bem o agora e manter hábitos saudáveis todos os dias.