Mais pessoas de confiança - além dos pais - no convívio dos pequenos é sinal de uma infância saudável. Saiba mais!
Quando falamos de afeto, pensamos em amor e convivência. Nossa família é - na maioria dos casos - o principal núcleo responsável pela compensação afetiva e afirmação da nossa identidade. Por isso, uma boa convivência familiar é essencial para formar vínculos emocionais duradouros, com importantes trocas de experiências e aprendizado entre as diferentes gerações.
Os seres humanos são biologicamente sociais, culturais e a única espécie que não sobrevive sozinha. Desde a nossa infância, considerada a mais longa entre todos os seres, somos mediados por um adulto cuidador.
A convivência familiar para uma infância saudável
A relação emocional da criança com os adultos tem um grande impacto no seu desenvolvimento. A partir da confiança, o pequeno aprende a se comunicar, a reconhecer e entender suas emoções e ter mais confiança para explorar o mundo e fazer parte dele. A ciência já comprovou a importância dessas relações afetivas para a saúde como um todo. Um estudo realizado pela Universidade de Illinois relatou que crianças que costumam fazer as refeições com os pais têm melhores hábitos alimentares.
Uma convivência equilibrada e afetuosa entre pais e filhos é um importante requisito para o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes. Entretanto, quanto mais pessoas contribuírem para o bem-estar psicológico dos pequenos e fizerem parte de sua convivência, melhor será.
De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, um alto nível de relacionamento com os avós pode melhorar a qualidade de vida das crianças. Aquelas que tinham maior proximidade a eles, apresentaram menos problemas emocionais e comportamentais.
Quando iniciar o contato com outros adultos
Não existe idade exata para deixar a criança com outro adulto de confiança. Todavia, é preciso que esse vínculo se estabeleça com alguém que transmita segurança aos responsáveis da criança e, para isso, a convivência é fundamental.
É comum, na maioria das famílias, que os pais trabalhem fora e tenham tempo de contato estreito com os pequenos. Mas, se eles têm avós, tios ou outras pessoas confiáveis presentes no seu dia a dia, cuidando, brincando e estimulando o aprendizado, podem aumentar as redes de apoio e os seus vínculos afetivos.
Uma convivência afetiva e cuidadosa entre crianças e seus familiares é um dos pilares para o desenvolvimento saudável de crianças e jovens. Essa condição é indispensável na formação de adultos mais conscientes e responsáveis. Afinal, cada um precisa do contato do outro para se tornar uma pessoa melhor, em todos os aspectos da vida.