Exercitar a mente é uma estratégia para prevenir perdas cognitivas e garantir uma melhor qualidade de vida no futuro.
É provável que ao ler a palavra “ginástica” você imagine uma academia, uma quadra de esportes ou uma sala de yoga. Mas, para manter a mente lúcida e ativa até a velhice, diminuindo os riscos de desenvolver doenças neurológicas, é preciso mais que suar a camisa é necessário exercitar o cérebro. É aí que entra ginástica cerebral.
Ler, jogar xadrez, fazer palavras-cruzadas, jogos de memória, tocar instrumentos e até aprender novos idiomas são atividades que estimulam a nossa neuroplasticidade. Isto é, a capacidade que o cérebro tem em se adaptar. Essa “malhação” potencializa os processos cognitivos, como aprendizado, criatividade, memorização, raciocínio lógico, concentração e interação social, e evita que essas funções sejam prejudicadas com o envelhecimento dos neurônios.
Até a metade do século 20, acreditava-se que o cérebro era rígido, que o ser humano nascia com uma quantidade determinada de neurônios que, com o tempo, doenças e outras agressões externas, essas células se perdiam e a qualidade das sinapses diminuía. Os pesquisadores da época não contavam com o conceito de plasticidade cerebral, ou seja, com a esta habilidade do sistema nervoso em ser maleável, se moldar, formar novas conexões e encontrar soluções quando exposto a novas experiências.
Essa qualidade dos nossos circuitos neurais está intimamente ligada aos processos de memorização e aprendizagem. Isso não quer dizer que aprender algo novo aos 70 anos seja igual a aprender aos 10, pois na infância e na juventude é criada uma enorme quantidade de conexões cerebrais duradouras. É por isso que os pesquisadores defendem que, quanto mais estímulos intelectuais tivermos nessa fase para gerar sinapses e conexões entre os neurônios, mais consolidados estarão os caminhos cerebrais, Consequentemente, melhor será a reserva cognitiva no futuro.
Segundo o portal Viva Bem, do UOL, independentemente da idade, é preciso exercitar o cérebro para manter e criar novas conexões, assim como se deve fazer com os músculos do corpo para que não percam o vigor. E você, já malhou a sua inteligência hoje?