Entenda a importância deste valor.
No passado, quando alguma coisa dava errado em uma empresa do outro lado do mundo, os executivos às vezes nem ficavam sabendo. Mas a tecnologia transformou tudo. Hoje, bastam alguns segundos para o mundo todo ficar sabendo de qualquer problema. Por isso, mesmo diante da complexidade da economia globalizada, as empresas devem garantir compliance — atuar em conformidade com regulamentações internas e externas, minimizando riscos legais e de reputação.
Para lidar com o desafio de elaborar um programa de compliance adequado, confira algumas dicas de Thierry Dumortier, da Enhesa:
1. Saiba o que a empresa deve cumprir
Uma empresa só pode garantir compliance se souber o que deve cumprir. Muitos infratores não agem com má intenção ou nem sequer sabem sobre os regulamentos. Como o compliance é responsabilidade de todos, é importante que a organização inteira saiba o que deve cumprir. Todo mundo deve saber quais regulamentações se aplicam aos processos dos negócios, onde e quando. Também é preciso definir claramente como as isenções e limites são gerenciados. Traduzir o juridico para um idioma que os operadores e gestores envolvidos entendam é vital. Mesmo que muitos nem vejam o produto que colocam no mercado global, eles precisam garantir compliance. Portanto, conhecer as regras específicas e como tudo funciona no negócio é essencial para cumprir o que se deve.
2. Compliance por meio da colaboração
Foi-se o tempo em que o compliance era garantido por apenas um gestor. Hoje só é possível obter compliance pela colaboração entre áreas e ao longo da cadeia de suprimentos. Em uma empresa, todos precisam conhecer os requisitos que se aplicam à sua função e saber como garantir o cumprimento das regulamentações. Para alguns, a complexidade e quantidade de requisitos são limitadas e diretas. Para outros, os requisitos são mais complexos. Isso exige uma atribuição clara de funções e responsabilidades vindas da liderança.
3. Tecnologia veio para ajudar
Há quem ainda organize informações corporativas em arquivos Excel e Word e, às vezes, em alguns bancos de dados do Access. As tecnologias atuais permitem colocar tudo isso em sistemas que facilitam o trabalho e cumprir os desafios do compliance. Graças a isso, evitam-se relatórios duplicados ou horas copiando dados repetidamente, minimizando os erros humanos. A tecnologia chegou para ajudar, fazendo que tudo funcione melhor, de maneira mais inteligente e eficiente, facilitando o compliance.
4. Padrões corporativos
Por mais que gestores tenham boas intenções e façam o que consideram melhor para a empresa, é preciso haver padrões corporativos para garantir que os processos sejam projetados, executados e finalizados adequadamente. Fixar padrões leva as empresas a aprender com os erros e a garantir eficiência sem reinventar a roda repetidamente.
5. Reavaliação do programa de compliance
Todo ano, é preciso reavaliar as metas do desafio de compliance. Gestores podem começar pensando no nível de desenvolvimento em que se encontra o programa de compliance da empresa: qual sua extensão e efetividade, por exemplo. Vale também refletir sobre as mudanças que precisam ser feitas para garantir compliance. Outro ponto essencial é avaliar qual a importância do compliance para o Conselho e a alta liderança. A partir dessas avaliações, é possível começar a elaborar as mudanças e adaptações necessárias.